quarta-feira, 13 de junho de 2012

LEALDADE


            Quando se fala em lealdade, temos nossas próprias conclusões devida as visões de mundo que obtivemos com o passar dos tempos, com o nosso ''amadurecimento''. Lembramos muito também, da história, da época escravista, onde se devia lealdade, fidelidade ao seu senhor. Hoje, em partes já não se é mais assim.
            Para que fique mais esclarecido, exposto o que é lealdade na teoria, iremos colocar agora alguns significados. Como esperado e o mais consultado de todos mostramos o do dicionário que nos traz as seguintes definições: Franqueza, sinceridade, retidão e probidade. No livro Os Japoneses de Célio Sakurai, nos traz algumas definições como: Na sociedade japonesa, a lealdade pessoal era um valor acima de todos os outros; assim, ao colocar a autoridade suprema (imperador) acima do xogum, as elites insatisfeitas não pareciam estar cometendo uma deslealdade e a lealdade ao chefe é a marca dos guerreiros  samurais de toda a história japonesa subsequente.
            Hoje, no mundo em que vivemos devemos lealdade à algumas coisas que nos favorecem com o passar dos tempos. Quando entra em um serviço, você é contratado devendo uma finalidade à empresa, onde você trará o beneficio a empresa e haverá sempre uma evolução sua, tanto pessoal, profissional e até mesmo financeiramente. Quando se entra em uma união matrimonial, podemos chamar de um compromisso de fidelidade que segue a lealdade, pois como no caso da religião católica, você promete ser fiel, ou seja, dar fidelidade à sua companheira (esposa) a vida toda. Tendo se um cadastro antigo na loja, onde você compra a muitos anos, você é considerado um cliente fiel, leal e chega muita das vezes a ter algumas vantagens por fidelidade à loja.
            Com essas definições propostas à cima, percebemos que lealdade pode se tratar de muitas ocasiões, isso dependerá da ocasião em que se esta envolvido e até mesmo do contexto onde esta colocada. Então lealdade é uma forma de se mostrar  fidelidade ao próximo e até mesmo o respeito. Eis uma das coisas que nós mais procuramos.


BIBLIOGRAFIA:
SAKURAI, Célio. Os Japoneses. São Paulo: Contexto, 2007.


AUTORES:

Carlos Augusto de Oliveira Juliani
Felippe Teodoro Melo Borges
Gabriel Almeida Silva

domingo, 10 de junho de 2012

Amor


Por que o amor é necessário? Poderíamos definir inúmeras razões, mas é suficiente apenas uma: não há sentido na vida sem amor, pois somos seres sociais e necessitamos de companhia, carinho, afeto e atenção para que o viver deixe de ser uma simples fase de uma espécie do planeta Terra e passe a ser uma explosão divina de magia e satisfação plena. De acordo com Neusa Vendramin Volpe e Ana Maria Laporte (2000, p. 99) o amor é “o meio procurado e desenvolvido pelo homem para vencer o isolamento e escapar da loucura. Sem ele, o homem torna-se árido, incapaz de encantar-se com a vida e de envolver-se com os outros.”
É comum as pessoas confundirem amor com paixão, porém é inconcebível tal confusão. A paixão é desejo momentâneo que acaba com a realização do envolvimento, pois o encanto deixa de existir a partir do momento que se estabelece a percepção de que fora apenas algo superficial e desejo carnal para com a outra pessoa, na qual o indivíduo passa a viver novamente em busca de um amor para disseminar a solidão. Em contrapartida, o amor é um sentimento que surge ao longo do tempo, através de uma convivência contínua, a qual prevalece o zelo e respeito mútuo que desencadeia o desejo de estar próximo, de carinho, companheirismo e não apenas o aspecto físico-carnal com o outro.
Diante disso, faz-se importante destacar as diferentes ramificações presentes no que diz respeito amor. Segundo Martim Carlos Warth (2002, p. 157-152) podemos dar ênfases sobre o amor que auxiliam nossa reflexão ética sobre o 6° mandamento: o primeiro seria o amor ágape que é “um amor de respeito, de valorização da outra pessoa, de carinho, afeto, estima e admiração pelo ser humano que Deus colocou em nossa vida... O amor ágape leva a compreensão e ao perdão quando no casamento houve um descompasso nas relações humanas”; o segundo seria o amor eros “(...) que agora o amor se transforma em desejo, vontade de possuir e de gozar, paixão ou ambição. O interesse do amor eros, determinado pela libido, avalia as funções da outra pessoa, ou mesmo de uma coisa, e determina sua conquista quando considera essa função favorável.” O terceiro denominado filia é “(...) também é um amor de paixão, de um querer bem, de um desejo de satisfação da libido. Mas ele engloba mais: é um amor protetor, porque se envolve e se compromete totalmente com a pessoa amada.”
Importante ressaltar que a ética no amor não está na proibição do amor eros, mas sim na prática de atos impuros, na forma de enxergar o amor como apenas uma maneira de suprir os desejos físicos. A ideia de dominação do homem perante a mulher surgiu desde os primeiros períodos da historia onde os homens em suas sociedades de costumes caçavam, enquanto as mulheres cuidavam da lavoura, dos filhos e a constituição física de delicadeza as colocava em forte dependência ao homem.
            Hoje, com a evolução dos movimentos feministas, a mulher viu a necessidade de se equiparar igualmente aos homens perante aos seus direitos e a diferença, que a faz ser vista com erotismo pelo homem.
            Sabemos que a relação homem e mulher é complexa e que ambos devem respeitar a ética de suas personalidades para manter o equilíbrio de seus papéis sexuais e sociais.Temos o rótulo como um problema ético social na sociedade atual, pois rotular uma pessoa para observá-la apenas de uma maneira que satisfaça o próximo seja homem ou mulher significa dizer que a sociedade neoliberal juntamente com a mídia são os principais órgãos manipuladores dos desejos das pessoas investindo na imagem de uma mulher nua como exemplo, ou vídeos eróticos como forma de trazer a atração sexual prematuramente e de forma rápida para o homem. Assim vemos que as ideias do amor chocam-se com os interesses de mercado consumista do neoliberalismo que tem por principal ferramenta, a mídia.
            O amor na sociedade contemporânea possui barreiras para ser totalmente alcançado, onde o individualismo, o consumo compulsivo e a falta de coletividade com o próximo geram características negativas nas pessoas como: o processo de rotular, o ser narcisista e o egoísmo do seres humanos desprezando os valores de justiça, dignidade e ética que são termos que deveriam vir “de berço”.Assim, para superarmos essa ambição presente na sociedade devemos colocar o amor como principal tema para desenvolver a capacidade de encontro,de sensibilidade, de afeto com o próximo seja em um ambiente de trabalho, relação casual ou o próprio amor aos filhos, pois temos hoje infelizmente um mundo onde parentes consanguíneos se matam, jovens que perdem o amor a vida para entrar no mundo das drogas e do crime e enfim o preconceito, então, será que podemos dizer que a nossa sociedade consegue por si só, acabar com a falta de humanização ainda presente na espécie humana?
De acordo com o apresentado anteriormente, percebemos quão difícil é a inserção do amor em uma sociedade capitalista, ou seja, extremamente consumista, principal seguidora dos dizeres da mídia e que impõe diferenças na distinção das classes sociais. Talvez, desconhecemos o amor tão quanto Carlos Drummond coloca em seu poema “Reconhecimento do amor”, quando diz que nós nos enganamos ao fugir do amor, pois o desconhecemos, talvez com o receio de enfrentá-lo. Por fim, o homem é um ser que aceita a evolução de sua sociedade, usa o que tem de novo e descoberto, mas permanece com o seu instinto de ambição e não integra o amor a si próprio e com o próximo, por medo de enfrentá-lo ou por medo de sofrer, essa lógica mostra que daí nasce os problemas sociais, e que colocam as pessoas ainda tentando se diferenciar do próximo, pois perante o amor e a religião, o homem sendo feito imagem e semelhança de Deus, é um só, portanto, devemos amar a Deus sobre todas as coisas, bem como amar ao próximo sem distinção, mas sim tratando-o como um irmão.


Bibliografia
WARTH, Martim Carlos. A ética de cada dia. Canoas: Ed. Ulbra, 2002.
ARAÚJO, Sílvia Maria de et. al. Para filosofar. São Paulo: Scipione, 2000.

Autores
Daniella Domingues Santos
Jaquelaine Souza Medeiros
Richard Rodrigues Faria

Bem


O bem esta na nossa vida?  Para vários filósofos o conceito do bem é algo bonito belo, onde seres humanos têm uma total liberdade para criar o que é belo para si, isso significa que o belo e o bom se resumiriam, em uma busca da beleza, do prazer, de tudo o que é agradável, tornando a própria busca pelo bem parte de nossas vidas.
Mas agir assim seria ético? Para Kierkegaard ético não significa escolher entre o bem e o mal, mas escolher qual se exclui ou se escolhe o “bem ou mal” nesse sentido ser uma pessoa ética é agir sempre a partir da alternativa do bem ou mal, mas somos formados por costumes de uma sociedade, onde nos educa para respeitarmos e reproduzirmos valores do bem, para Álvaro L.M Valls, o avanço da humanidade com as indústrias culturais e a ditadura dos meios de comunicação em que vivemos não saberíamos ate que ponto o homem de hoje ainda pode escolher entre o bem e o mal.

Bibliografia
VALLS,Álvaro L.M. O que é Ética.9 ed.São Paulo:editora Brasiliense

Autoras
Fernanda Marques de Oliveira
Laila Nicoletti Vieira

Ato/Ação e omissão


No campo religioso, o problema assume proporções ainda maiores, pois somos inclinados a pensar que tanto o movimento religioso como seus seguidores são perfeitos e não se desviam nunca de sua pregação. Não raro, para indicar nossa indignação, usamos expressões como “isso é uma imoralidade” ou, ainda, “isso é antiético”.
A moral se relaciona às ações, isto é, à conduta real. A ética diz respeito aos princípios ou juízos que originam essas ações. Nessa dimensão, a ética e a moral são como teoria e a prática. A partir dessa constatação, é possível afirmar que a ética é a teoria ou filosofia moral.
Todo ser humano tem uma moral em razão de que pratica ações que podem ser eticamente examinadas. Contudo, nem todos levam em conta quais são os princípios éticos que determinam suas ações. Por isso, é fundamental avançar na compreensão da ética.
A consciência psicológica e a consciência moral estão relacionadas. Na realidade, se o problema moral se estabelece para o homem é porque, inicialmente, ele tem consciência psicológica. Se todos os seus atos fossem desencadeados pela pressão dos instintos ou dos hábitos, se o homem não tivesse consciência do que faz não existiria o problema moral. A consciência moral, portanto, pressupõe a consciência psicológica.
Para decidir, escolher, enfim para exercer sua liberdade, o homem precisa estar consciente. Não há, pois, liberdade sem consciência. Enquanto a consciência psicológica possibilita ao homem escolher, a consciência moral, com seus valores, normas e prescrições, orienta a escolha.
Os três componentes fundamentais da vida moral são: Consciência, liberdade e responsabilidade. Tais pessoas agem sob uma coação interna (tendências patológica, doentias) da pessoa e a exime da respectiva responsabilidade moral. A coação externa também pode anular a vontade da pessoa, eximindo-a de responsabilidade. Em certas situações, a coação é tão forte, acarretando riscos para a própria vida, que não resta margem para decidir e agir de acordo com a vontade própria, pois a resistência física e espiritual tem um limite, além do qual o sujeito perde o domínio sobre si mesmo.
Cada um de nós tem consciência imediata e direta de ser livre – de poder dominar todas as leis da natureza, pelo menos por alguns momentos. Com esta consciência está conexa outra propriedade do homem: ele é capaz de reflexão. Não só está voltado para o mundo exterior – como parece o caso dos outros animais -, mas pode pensar também em si mesmo, pode preocupar-se com seu próprio eu, pode perguntar pelo sentido da própria vida. Parece ser também o único animal que tem consciência clara do fato de um dia precisar morrer.
Quando se consideram essas peculiaridades do homem, não se pode estranhar que o fundador de nossa filosofia ocidental, Platão, tenha chegado à conclusão de que o homem é algo inteiramente distinto de todo o resto da natureza.
Para os ensinamentos católicos, a omissão é uma falha em fazer algo que poderia e deveria ser feito, sendo considerado pecado se a pessoa sabe de seu poder e dever de agir.
A gravidade do pecado omissivo, da mesma forma que dos pecados comissivos (por ação), varia de acordo com a magnitude do preceito violado e o grau da culpa.
Considera-se ainda pecado omissivo, se a incapacidade da pessoa para agir decorre de uma ação própria dela, como no caso de perda de consciência por consumo de drogas que impeça o cumprimento de um dever.
São Paulo refere-se diretamente a este pecado quando diz: "Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero." (Rm 7:19 - Trad. Pe. Antônio Pereira de Figueiredo, aprovada por S.Em.a D. Jaime Card. de Barros Câmara)

Bibliografia

CORDI, Cassiano... [et al].Para filosofar. – São Paulo: Scipione, 2000. 4ª Edição.
FLOR, Douglas Moacir ... [et al.] – Canoas: Ed. ULBRA, 2008.272 p.: il.


Autores
Arthur Henrique Wilson Silva
Romão Soares da Costa Neto
Vedrana Batista da Silva

CETICISMO


O ceticismo é um dos principais assuntos filosóficos da atualidade. Vivemos em uma época em que muitas crenças são questionadas, que sobre tudo se discute e desconfia de verdades absolutas e eternas. Historicamente, a liberdade de pensamento favoreceu o surgimento e desenvolvimento do ceticismo. Seu ambiente natural é uma sociedade democrática, pluralista e tolerante, na qual as diversas culturas possam viver pacificamente. Por isso, os céticos rejeitam sociedades e instituições autoritárias, em que uma única linha de pensamento é imposta a todos, deixando pouco espaço para a reflexão crítica.
O ceticismo, no entanto, é um tipo particular de filosofia, pois não é constituído por um conjunto de teses sobre as coisas, nem pretende ser um conhecimento. A característica principal do cético é manter uma atitude crítica diante da pretensão dogmática de ter descoberto a verdade. Desconfiar das afirmações precipitadas desses filósofos e questionar suas teses são sua marca registrada. É por isso que o ceticismo é uma forma atual de filosofar.
Assim, os céticos nos oferecem, não um pretenso conhecimento sobre as coisas, mas um discurso complexo e sofisticado. Nesse sentido, organizaram diferentes formas de argumentação que se podem empregar para combater o dogmatismo e estabelecer que a verdade ainda não foi descoberta. Os céticos são aqueles que mostram, por meio de uma argumentação que lhes é peculiar, que não há nenhuma garantia de que conhecemos aquilo que alegamos conhecer. Segundo eles, não conhecemos nada, não temos certeza de nada e podemos colocar tudo em dúvida; sequer sabemos que nada sabemos.
Devido esse caráter crítico e meticuloso, reconheceu-se o desafio cético como um obstáculo inevitável para qualquer filosofia que pretendesse assegurar a verdade de suas teses. Refutar o ceticismo tornou-se uma obsessão dos filósofos dogmáticos, sobre tudo daqueles que se interessam pela teoria do conhecimento, já que a possibilidade do conhecimento e a descoberta da verdade é um assunto essencial para os céticos.
O ceticismo ocupa-se, sobretudo, com questões éticas, tendo uma certa desconfiança com relação às aquisições científicas.
Um dos resultados mais fascinantes trazidos por esses novos estudos é a riqueza das formas assumidas pelo ceticismo moderno. Talvez se possa distinguir, no período moderno, três formas principais de ceticismo. Primeiro, uma atualização do ceticismo grego, feita por Michel de Montaigne e, posteriormente, por Pierre Bayle, na qual a razão se perde ao defender os dois lados de uma questão, sem jamais poder decidir-se por qualquer um deles. A razão, nessa forma de ceticismo, estaria dividida e, sendo capaz de argumentar de maneira persuasiva tanto a favor de uma tese, como contra esta, acabaria por não ser capaz de estabelecer nenhuma verdade. Essa forma de ceticismo ocupa-se, sobretudo, com questões éticas, tendo uma certa desconfiança com relação às aquisições científicas.
Segundo, o ceticismo cartesiano, que se caracterizaria por sua dúvida universal e pela pretensão de pôr em xeque todos os nossos conhecimentos de uma só vez a partir de uns poucos argumentos gerais, mas supostamente devastadores. Não se questionariam teses isoladas, mas o conhecimento como um todo, a partir da dúvida sobre os princípios em que nossos conhecimentos se apoiariam. Assim, os argumentos empregados pelo cético cartesiano levariam adiante os argumentos dos céticos antigos e seriam, ao menos supostamente, ainda mais radicais. Esse tipo de ceticismo tem um papel eminentemente metodológico e é empregado também por filósofos como uma espécie de propedêutica para a parte positiva e construtiva de sua filosofia dogmática.
Finalmente, o ceticismo elaborado por David Hume a partir de sua ciência da natureza humana. Hume, o mais engenhoso dos céticos, segundo Kant, teria inventado uma forma extremamente original de ceticismo. Ao investigar a mente humana, Hume mostraria como esta funciona de modo imperfeito e, mesmo, contraditório, já que nossas crenças mais básicas, como a crença nos corpos, na identidade pessoal e nas relações causais, estariam repletas de passos ilegítimos, ficções e contradições.
Percebe-se, assim, como o ceticismo é, após dois milênios e meio, um assunto relevante e polêmico entre nós, constituindo um dos raros campos em que a Filosofia não está restrita aos estudos históricos. Não por acaso, há um vivo interesse por essa doutrina tão instigante e desafiadora, que não costuma deixar o leitor indiferente e instiga-o à reflexão própria. O ceticismo tem desempenhado, dessa forma, o papel de um convite à Filosofia.

Bibliografia
SMITH, Plínio Junqueira. Ceticismo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.

Autores:
Kleber Soares dos Santos
Síssi Miranda Barcelos

MÉRITO


Existe um grupo de qualidades atribuídas às ações e conduta dos homens, distintas de sua conveniência, decência, que são objetos de uma espécie diferente de aprovação. É o mérito, qualidades de recompensa merecida.
 Merecer uma coisa (salário, felicidade, sucesso, recompensa, ou, inversamente, censura, fracasso, punição) é ter agido de tal maneira que a obtenção da coisa merecida seja considerada como justa. Daí os diferentes sentidos da palavra mérito:
a) valor moral, enquanto é acompanhado por um esforço para ultrapassar dificuldades, e especialmente para superar os obstáculos interiores que se opõem à moralidade; distingue-se neste sentido da virtude considerada como uma perfeição moral que pode ser natural e obtida sem esforço.
b) (sentido sobretudo teológico). Aquilo que vai para além do dever estrito, e constitui uma espécie de crédito moral (considerada algumas vezes como transferível de uma pessoa para uma outra). A vida moral é então concebida como fazendo variar um balanço em que todo o aumento de haver é um "mérito", toda a diminuição um "demérito".
c) Características daquele que merece o sucesso ou a aprovação (além dos valores morais): "Um escritor de mérito. Ocupar um lugar inferior ao seu mérito". A palavra, neste sentido, serve frequentemente de sinônimo atenuado de talento.
d) Qualidade louvável (quer num homem, quer numa obra). "O mérito principal de uma teoria, de um autor".
O sentido mais preciso e mais útil desta palavra é o valor moral. Muitas dificuldades verbais e sofismas resultam do fato de não se distinguir nitidamente o esforço para o bem da perfeição moral. Deve-se evitar, por consequência, desviar ou enfraquecer o sentido deste termo tomando-o por sinônimo de virtude ou de superioridade moral.
A noção de mérito é complexa. Ela evoca:
O direito à sanção, recompensa ou punição, conforme o ato moral seja bem ou mau.
Ovalor moral do ato ou daquele que o executa. Diz-se, com efeito, ora que tal ato é meritório, ora que alguém é uma pessoa de mérito. É no sentido de valor moral que tomamos aqui a noção de mérito, de vez que o primeiro sentido se confunde com a idéia de sanção.

Condições de mérito nos atos

O valor meritório de um ato moral de pende de vários fatores:
 Da gravidade dos deveres. Quanto mais importância tenha o dever a cumprir, maior é o mérito do ato conforme ao dever. Existe mais mérito em respeitar seus pais do que ser polido com os desconhecidos, maior demérito em faltar a um dever de justiça, do que faltar a um dever impreciso de caridade.
Das dificuldades a vencer. O deverque impõe pesados sacrifícios é fonte de maior mérito do que o mesmo dever realizado sem dificuldade, e existe mais mérito em fazer bem aos inimigos do que em servir aos amigos.
Todavia, não se deve chegar a supor, como Kant, que o esforço é essencial ao mérito e que a satisfação na realização do dever suprime o mérito. Eis um grave erro. A satisfação no dever e no sacrifício é sinal de um grnde domínio das paixões e de um verdadeiro hábito do bem, coisas que não são realizadas sem luta obstinada. Na realidade, o esforço e a dificuldade não são fontes de um mérito senão acidentalmente, quer dizer, enquanto são ocasião e sinal de uma vontade mais ardente do bem.
Da pureza de intenção. Quanto mais a intenção for pura, mas o mérito será grande. Há maior mérito em servir aos amigos por pura cordialidade do que pelo interesse de ser tratado da mesma forma quando chegar a ocasião.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SMITH, Adam. Teoria dos Sentimentos Morais. - São paulo: Martins Fontes, 1999.
JOLIVET, Régis. Curso de Filosofia – 20. ed. 2. impr. – Rio de Janeiro: Agir, 2001.


Autores
ALINY APARECIDA RIBEIRO RODRIGUES
DANHELLEN MARIA FERNANDES ALMEIDA
MIRIAM DE CASSIA MORAIS GARCIA LIMA

CIDADÃO


Valores são criações humanas e não entidades abstratas universais, válidas em qualquer tempo e lugar. E que a ética pode ser compreendida como uma estética de si, isto é, como atividade de construir nossas próprias vidas como um artista pinta seu quadro. Isso significa que construímos nossos próprios valores colocando nós mesmos como valor fundamental.
O fato de afirmamos que devemos cada um de nós, construirmos a própria vida, não deve ser entendido, porém, como um apelo ao individualismo. A afirmação da individualidade, da singularidade de cada pessoa, que deve ser respeitada em suas opções e ações, não significa que cada um deve ser isolado aos demais. A singularidade e a criatividade podem e devem ser preservado em meio à coletividade. Mas o individuo pode ser solidário com seus semelhantes.
Compreender a ética como uma estética da existência não deve ser visto como uma atitude solidária, particular, mas sim como um empreendimento coletivo, solidário: buscar o meu prazer, minha realização, mas também o prazer e a realização do outro.
Depende das nossas escolhas e de nossas ações o que faremos de nossas vidas e do mundo em que vivemos. Se vivermos como marginais da política, não assumindo nossas responsabilidades pelas decisões de cunho mais amplo, acabaremos por viver um mundo que não queremos e uma vida que não escolhemos. Mas, se resolvermos agir como sujeito de nossa vida e de nosso mundo pode pintar os quadros que nossa criatividade permitir.
Ao assumir posturas éticas, o indivíduo tenta entender seu papel como trabalhador e como cidadão de uma região, de um país e ao planeta.
No fundo aquilo que estamos chamando de singularidade é condição básica para a cidadania, e vice-versa. Só podemos ser indivíduos singulares, senhores de nós mesmos, numa sociedade aberta, em que a cidadania exista de fato como participação de todos, assim como só pode haver efetiva cidadania se os indivíduos são livres singulares e participativos na comunidade.


BIBLIOGRAFIA
GALLO, Silvio. Ética e cidadania: caminhos da filosofia: elementos para o ensino da filosofia. 11 ed. Campinas, SP. Papirus, 2003.
GARDNER, Howard. Cinco mentes para o futuro. Trad. Roberto Cataldo Costa. Porto Alegre: Artemed, 2007.


AUTORES
Bruna Giseli Costa
Priscila Tavares de Almeida
Thalyne Marques da Costa

Anarquismo





Definição Geral - doutrina política que rejeita qualquer intervenção do Estado no que diz respeito à organização da sociedade. Essa teoria preconiza a abolição de todas as formas de governo por considerar que qualquer autoridade política cerceia indevidamente a liberdade do individuo.

A palavra foi utilizada pela primeira vez, no sentido B, por PROUDHON; foi retomada por BAKUNINE, que indica essa filiação.
Segundo R. Berthelot A. Berthod, a desordem pode ter outras causas além da ausência de autoridade, e a ordem pode em certos casos estabelecer-se espontaneamente.
O postulado de que os homens são, por natureza, bons e sociáveis, devendo organizar-se em comunidades espontâneas, sem nenhuma necessidade do Estado ou de um governo, tratando-se de uma concepção política que condena a própria existência do Estado.
“Repudiamos toda a legislação, toda a autoridade e toda influência privilegiada, patenteada, oficial e legal, mesmo oriunda do sufrágio universal, convencidos de que jamais poderá funcionar senão em proveito de uma minoria dominante e exploradora contra os interesses da imensa maioria submissa” (Bakinine). Assim, como conjunto de teorias sociais possuindo em comum a crença no individuo e a desconfiança relativamente aos poderes que se exercem sobre ele.
O anarquismo aprova o que dizia Proudhon: “Ser governado é ser vigiado, inspecionado, espionado, dirigido, legisferado, regulamentado, enquadrado, doutrinado, pregado, controlado, rotulado... por seres que não possuem nem a ciência nem a virtude.”.
Definição particular do filósofo. ARVON
 “Apesar de seus diferentes aspectos, o anarquismo remete a uma exigência fundamental; nascido da cisão entre o Estado e a Sociedade que resulta da Revolução Francesa, rejeita o Estado e tenta reconstruir a sociedade sobre a base da vontade individual autônoma”. (O Anarquismo, p. 124, PUF.) ·.
Essa ideologia nega alguns costumes, como liberdade, religião, propriedade privada, são princípios que caracteriza o pensamento Anarquista.
No entanto, o Anarquismo libertário é profundamente individualista, ele defende a quebra de todas as formas de autoridade, seja ela política ou religiosa, a propriedade privada ou qualquer outro tipo de normas institucionais que limitem a liberdade do indivíduo na sociedade e na da vida privada.


Bibliografia
SCHIILER, Arnaldo. Dicionário enciclopédico de teologia. Ed. Canoas: Ulbra, 2002.
LALANDE, André. Vocabulário técnico e critico da filosofia. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
RUSS, Jaqueline. Dicionário de Filosofia. Editora Scipione.
MARCONDES, Danilo et al. Dicionário básico de filosofia.  3. ed. .Rio de Janeiro: Jorge Zahar , 1996.


Autores
Anielle Silva Santana
Letícia Gomes da Silva
Lizandra Ribeiro de Jesus Silva

Ciências Sociais


Ciências Sociais tem como base o estudo das origens, culturas humanas, das sociedades, do desenvolvimento, da organização e do funcionamento das sociedades. Pérsio Santos de Oliveira diz:
Pode-se dizer que as Ciências Sociais são o estudo sistemático do comportamento social do ser humano. Ocupando-se sistematicamente do comportamento social humano, o objeto das Ciências Sociais é, portanto, o ser humano em suas relações sociais.[...] Assim, as ciências sociais contribuem para um melhor entendimento da sociedade em que vivemos e dos fatos e processos sociais que nos rodeiam.[...] O objetivo das ciências sociais é aumentar o máximo possível o conhecimento sobre o homem e a sociedade, através da investigação científica.
Tornou necessária uma divisão das ciências sociais com o avanço das tecnologias. Essa divisão abrange as seguintes disciplinas: Sociologia, Economia, Antropologia, Política, Psicologia, Direito. Podemos dizer que as ciências sociais tem um papel fundamental num mundo de mudanças e agitações sociais. E para um melhor compriendimento, é necessário um pequeno aprofundamento em cada disciplina decorrente das ciências sociais. Segundo José Paschoal Rossetti:
A ciência política trata das relações entre a nação e o Estado, das formas e da condução dos negócios públicos. A Sociologia ocupa-se das relações sociais e da organização estrutural da sociedade. A antropologia cultural volta-se para o estudo das origens e da evolução, da organização e das diferentes formas de expressão cultural do homem. A psicologia ocupa-se do comportamento do homem, de suas motivações, valores e estímulos. Ao Direito cabe fixar, com a precisão ditada dos usos, costumes e valores da sociedade, as normas que regularão os direitos e as obrigações individuais e sociais. E à economia, que, como as demais áreas, abrange apenas uma fração das ciências sociais, compete o estudo da ação econômica do homem, envolvendo essencialmente o processo de produção, a geração e a apropriação da renda, o dispêndio e a acumulação.
Um assunto polêmico é a ética das ciências sociais. Cada disciplina afim existe a sua ética, mas também há uma ética em um todo. Como já foi dito, as ciências sociais buscam o esclarecimento do homem e sua sociedade, e automaticamente ao estudar o homem na sociedade, estudaremos também o seu correto comportamento em seu meio. Segundo Álvaro Valls:
A ética é daquelas coisas que todo mundo sabe o que são, mas que não são fáceis de explicar, quando alguém pergunta. Tradicionalmente ela é entendida como um estudo ou uma reflexão, científica ou filosófica, e eventualmente até teológica, sobre os costumes ou sobre as ações humanas. Mas também chamamos de ética a própria vida, quando conforme aos costumes considerados corretos. A ética pode ser o estudo das ações ou dos costumes, e pode será própria realização de um tipo de comportamento.
Nas ciências sociais a ética não é diferente. Inúmeras dúvidas existem sobre esse tema, e Álvaro Valls cria uma tese que pode ser aplicada nas ciências sociais:
Didaticamente, costuma-se separar os problemas teóricos da ética em
dois campos: num, os problemas gerais e fundamentais (como liberdade,
consciência, bem, valor, lei e outros); e no segundo, os problema
específicos, de aplicação concreta, como os problemas da ética
profissional, da ética política, de ética sexual, de ética matrimonial, de
bioética, etc.
Segundo o exemplo de Álvaro Valls o melhor campo para ser adaptado para o nosso estudo é o segundo. Pois esses problemas éticos são totalmente ligados a sociedade, e as ciências sociais direciona seu estudo ao meio que o homem vive, ou seja, a sociedade.  Então podemos dizer assim que existem vários problemas éticos voltados para as ciências sociais, mas os principais foram citados no segundo exemplo do autor Álvaro Valls.


Bibliografia

OLIVEIRA, Pérsio Santos. Introdução à sociologia. 24 ed. São Paulo: Ática, 2003.
ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à economia. 17 ed. São Paulo:Atlas, 1997.
VALLS, Álvaro L.M. O que é Ética. 117 ed. São Paulo: brasiliense, 1994.


Autores
GUILHERME ANDRADE SILVA
JHESSE MACHADO FERNANDES
LÍVIA CAROLINY CORDEIRO

Bioética


“O termo Bioética foi um neologismo expresso pelo oncologista e biólogo Van Renselear Potter, 1971, em Bioethics: bridge to the future. Englewood Cliffs – Prentice Hall. Potter usou bioética no sentido da “importância das ciências biológicas na melhoria da qualidade de vida” ou, ainda, “a ciência que garantiria a sobrevivência do planeta”. No entanto, o termo bioética é usado hoje em dia com um sentido um pouco diferente. De acordo com Reich, W. T., editor da Encyclopedia of Bioethics, 1978 – New York – The Free Press – London – Collier Macmillan Publishers:
 “Bioética é o estudo sistemático da conduta humana na área das ciências da vida e dos cuidados da saúde, à medida que esta conduta é examinada à luz dos valores e princípios morais”.
 Os princípios da bioética por ele expressos são:
1.           Autonomia: respeito ao autogoverno;
2.           Beneficência: atendimento aos interesses do indivíduo;
3.           Justiça: equidade na distribuição dos bens e serviços.
 A bioética abrange vários aspectos, além daqueles aqui explicitados para a Engenharia Genética e que também tem resultados em impactos na nossa sociedade.
(...) Em vários países já ocorrem limitações e mesmo proibições sobre certos tipos de experimentos, como em embriões humanos (clonagem de embriões, construção de híbridos com humanos, modificações na linha germinal).
(...) No Brasil, o substitutivo de projeto de lei do Deputado Sergio Arouca, aprovado pela Câmara dos Deputados, originado no Senado Federal por proposta do então Senador Marco Maciel e sancionada pelo Presidente da República (Lei 8.974/95) em 6 de janeiro de 1995, embora voltado para os problemas de biossegurança, ao criar a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) e ao definir suas competências, coloca no inciso III do Art. 7º: “propor e fiscalizar o Código de Ética”.
Em seu Art. 8º, é criada “... no âmbito de cada instituição que se dedica à pesquisa, ao desenvolvimento e à manipulação das técnicas de engenharia genética e de moléculas de ADN-recombinante, a Comissão Institucional de Biossegurança, doravante denominada CIBio...”. Entre suas competências (Art. 9º, inciso II) está  “fiscalizar o cumprimento do Código de Ética e demais normas da engenharia genética e da biossegurança, fixados nesta lei e posterior regulamentação”.
(...) No caso da bioética, esta precisa ser discutida, analisada e fiscalizada pela sociedade civil e não somente por técnicos como prevê o parágrafo único do Art. 6º que autoriza o Poder Executivo a constituir CTNBio com a seguinte composição: “Os membros da CTNBio deverão ter notável saber científico e técnico, e serão indicados juntamente com os suplentes para um mandato de três anos.”
Esta legislação fazia-se necessária, tanto pelo estágio que já alcançamos em nossa capacidade de desenvolver pesquisas na área de engenharia genética como na possibilidade de sermos campo aberto a experimentação de outras nações, por absoluta falta de normas e leis regulamentadoras de ações nesta nova frente tecnológica.
(...) Em conclusão, cabe à sociedade como um todo discutir o enquadramento ético das manipulações baseadas na biologia molecular, na engenharia genética, no uso do genoma humano e no de outros organismos que fazem parte da biodiversidade e, portanto, do patrimônio biológico da humanidade, sem cerceamento da pesquisa científica que leve à submissão tecnológica à outros países, porém discutindo ampla e democraticamente com toda a sociedade civil e seus cientistas, os aspectos que lhe são inerentes e apreciando eticamente os objetivos a serem alcançados no benefício da própria sociedade, dentro dos princípios de respeito ao autogoverno (autonomia), do atendimento aos interesses do indivíduo (beneficência) e da equidade na distribuição de seus bens (justiça).
Os temas bioética e biossegurança, embora diferentes em suas conceituações e aplicações, mantêm, entre si, uma estreita correlação quando passam a analisar situações reais decorrentes da aplicação de biotecnologias, especialmente aquelas resultantes da manipulação de genes, transgenias, clonagens e terapias gênicas.” 

Bibliografia:
MARQUES, E. K. ; IKUTA, Nilo. Bioética e biossegurança. In: Edmundo Kanan Marques. (Org.). Diagnóstico Genético-Molecular. 1 ed. Canoas: Editora da ULBRA, 2003, v. 1, p. 341-358.

Autores:
MAIRA BALIANA MATEUS ALVES
PEDRO HENRIQUE PEREIRA BARBOSA CUNHA
THAISSA ABRAHAO ARAUJO

CIÊNCIA


As ciências sociais abordam fatos e instituições que são construções humanas, produzidas e reproduzidas em referência a certos fins e a certos ideais: analisam a cultura. Assim a determinação das perspectivas analíticas a privilegiar e a definição dos aspectos teóricos tem forçosamente de radicar neste tipo de atribuição de significados.Weber desmarca claramente essa posições, persistindo em procurar as bases lógicas da objetividade  respeitando os limites imposto pelo elementos subjetivos implicados na relação a valores.
O conhecimento enquanto produção de juízo de fatos referentes a pessoas, coisas ou situações, submete-se a regras, as mais importantes das quais se obrigam. Os valorem não deixam prender nas regras da racionalidade formal, a determinação dos fins e dos ideais de referência tem muito de a-racional ou irracional; as alternativas de nível axiológico não são possíveis de integral resolução por cálculo de riscos, proveitos e meios. O contraste de Durkhein e Weber torna-se revelador, enquanto o primeiro tendia a insistir o caráter homogêneo dos valores das normas da sociedade, identificando-as consciência coletiva desta, o segundo, por seu lado, acentua o antagonismo de valores, as contradições insolúveis na ordem dos fins e dos ideais.


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
SILVA, Augusto Santos. Entre a Razão e o Sentido, Durkheim, Weber e a Teoria das Ciências Sociais. São Paulo: 3ºed. 2001.


Autores:
Juliana Ribeiro Dias
Leandro F. Fernandes
Sâmia Fidelis

AÇÃO COLETIVA


Ação coletiva é ação promovida por diversas pessoas com teorias e interesses individuais que se assemelham entre si, as quais praticam com a finalidade de maximizar os benefícios adquiridos, em prol de todo um grupo, ou uma classe organizada. Contudo, não podemos deixar de expor que a ação coletiva visa atingir um objetivo específico, de interesse dessas pessoas que formam um determinado grupo.
Segundo Hebert Mead, a busca por organizações e modelos associativos acontece somente em dois casos: a) o ator individual percebe atos de outros e se identifica com elas; b) a partir disso, constrói suas respostas vinculadas aquele determinado grupo. Todavia, acrescenta o autor, para que ocorra o processo de cooperação entre as pessoas, de fato, seria preciso observar dois pontos cruciais: a) compreender as formas de ação do outro; b) conseguir acomodar o comportamento pessoal de acordo com os interesses coletivos. (HAGUETTE, 2005).
Refletindo sobre as relações sociais, escreve Teresa Háguette: “para Mead a relação dos seres humanos entre si surge do desenvolvimento de sua habilidade de responder seus próprios gestos. Esta habilidade permite que diferentes seres humanos respondam da mesma forma ao mesmo gesto, possibilitando a compartilhar de experiências, a incorporação entre si do comportamento. O comportamento é, pois, social e não meramente uma resposta aos outros” (2005, p. 28).
  Entretanto, podemos observar que dentro dos interesses de um determinado grupo, com a finalidade de se alcançar um resultado positivo, usa da ação coletiva, uma vez que ela possibilita chegar ao resultado final com mais agilidade, usando e respeitando os princípios da ética, sendo: um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade. A ética é construída por uma sociedade com base nos valores históricos e culturais. Do ponto de vista da Filosofia, a Ética é uma ciência que estuda os valores e princípios morais de uma sociedade e seus grupos. Cada sociedade e cada grupo possuem seus próprios códigos de ética. Num país, por exemplo, sacrificar animais para pesquisa científica pode ser ético. Em outro país, esta atitude pode desrespeitar os princípios éticos estabelecidos. Além dos princípios gerais que norteiam o bom funcionamento social, existe também a ética de determinados grupos ou locais específicos. Neste sentido, podemos citar: ética médica, ética profissional (trabalho), ética empresarial, ética educacional, ética nos esportes, ética jornalística, ética na política, etc. Uma pessoa que não segue a ética da sociedade a qual pertence é chamado de antiético, assim como o ato praticado.
Por fim, concluímos que a ação coletiva, através da participação de vários indivíduos com interesses iguais, visa obter resultados notórios e significativos, os quais praticados individualmente não obteriam o mesmo sucesso, respeitando sempre, a ética estabelecida na determinada sociedade em questão.


REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA
HAGUETTE, Teresa Maria Frota. Metodologias qualitativas na sociologia. Petrópolis: Vozes, 2005.

Autores
ARTHUR CÉSAR DE PAULA RODOVALHO
DANILO PEREIRA DE OLIVEIRA
IGOR ANTÔNIO DOURADO SIQUEIRA

Caridade


Então, o que é caridade? O tema que me foi proposto foi :Ética e solidariedade: o verdadeiro conceito de caridade cristã. A caridade cristã vem daquele preceito de Jesus Cristo: Eu vos dou um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros. Jesus disse isto: O meu mandamento é que vos ameis uns aos outros. Num outro momento, Ele diz:Vocês são todos irmãos. Vocês são todos irmãos...
Essas coisas são revolucionárias, elas mudam tudo. Se você, de fato, faz disso um programa de vida, tudo muda. Sobretudo hoje numa sociedade muito excludente, que aprofunda as desigualdades, que acaba excluindo no sentido de que nós não somos mais importantes, os que não estamos incluídos. Por exemplo uma África: metade da África pode afundar e ninguém está interessado. E isso não pode acontecer. Para nós, cristãos, isso é inaceitável. Porque hoje não é mais necessário esse mundo de gente para produzir; se produz de outra forma. O próprio desemprego, cada vez maior, que vem com toda a globalização e o neoliberalismo e toda a tecnologia nova, que são coisas boas: a tecnologia nova é coisa ótima e eu acho que a ciência tem que continuar, a tecnologia tem que se aperfeiçoar, mas temos que encontrar formas que incluam a todos e façam que os benefícios disso sejam distribuídos a todos. Aí é que está a caridade no seu sentido maior, de que realmente todos – todos, sem exceção – devem ser incluídos. E nós temos que fazer tudo para que isso aconteça, para que todos tenham igualmente seus direitos reconhecidos e a sua oportunidade de vida. Todos, sem distinção, todos os seres humanos. A caridade vai nessa direção. E isso é ética. Ética é reconhecer a dignidade do ser humano e agir segundo a dignidade inviolável de cada ser humano. Esse respeito, essa promoção... Reconhecer os direitos, promover os direitos. Porque não é só reconhecer os direitos; é promover os direitos também. E a caridade ainda inclui justiça social, solidariedade e tudo aquilo que ajuda a promover as pessoas, a libertar as pessoas de todas as suas opressões.
Tudo isso está incluído na caridade. Só que a caridade tem alguns elementos novos. A justiça, que deve sempre ser promovida, pela qual devemos sempre lutar, é um dos ingredientes da caridade. O direito à justiça é um dos ingredientes da caridade. No entanto, a justiça sozinha não consegue cuidar das pessoas. Porque a justiça cobra, mas, por essência, não perdoa. A caridade perdoa...
Pensemos, por exemplo, no conflito entre Israel e o povo palestino. Nós podemos e devemos ali clamar pelo direito de cada um desses povos ter um território contínuo, que seja seu, onde possa ser um país autônomo, com soberania, autodeterminação, como qualquer outro neste planeta, com segurança e com o devido respeito pelo vizinho. Porém, se eles não conseguirem também perdoar, será muito difícil o futuro. Porque ao perdoar você reconstrói as coisas que ficaram feridas. Se não houver perdão, haverá sempre aquele impulso interior de vingar o que ficou para trás. A caridade diz: “não, você deve conseguir perdoar”. Senão, não se constrói um futuro depois de um conflito.
Então, a caridade tem elementos cristãos muito fortes. Hoje nós entendemos como caridade todo esse conjunto. Por exemplo, Jesus Cristo tem algumas palavras muito fortes. Vou lembrar a vocês. Ele, por exemplo, disse aquela frase muito estranha: “Se te baterem na face direita, oferece a esquerda”. Mas que coisa estranha! Isso porque os judeus tinham o “dente por dente, olho por olho”. Diziam: “Se ele lhe arrancar um dente, você tem o direito de arrancar um dente dele também”. Jesus disse: “Não”, porque você não pode sempre responder com violência a uma violência. Aliás, você nunca deveria responder com violência. Era a questão da violência. Na medida em que você responder com violência, o ciclo não termina mais. Nós sabemos como em certas regiões do Brasil existem as vinganças entre as famílias, que não terminam nunca.            Como existe na Máfia da Itália. Uma coisa chama a outra: violência é cobrada com violência. Não se consegue sair da violência, a não ser se alguém diz: “Não, eu não brigo mais. Você pode me bater, mas eu não vou responder. Senão, nós não terminamos. Nós vamos constantemente destruir, em vez de construir”.
Outra palavra que Ele disse: “Amai os vossos inimigos”. E todo o mundo ficou perplexo... Amai os vossos inimigos... e perdoai. Ele chegou a perdoar aqueles que o crucificaram.
Então, são elementos muito fortes, que, de fato, nós sabemos que são necessários para uma convivência humana possível, digna. A caridade, em todos esses elementos, é fundamental para uma convivência humana digna.


Bibliografia:
HUMMES, Claúdio, cardeal-arcebispo de São Paulo na abertura do Seminário Internacional Cristianismo - Filosofia, Educação e Arte 2: “Ética e situações-limite”, Faculdade de Educação da USP, 16-4-02. Ética e Solidariedade- o verdadeiro conceito de caridade cristã, disponível em : http://www.hottopos.com/videtur15/dclaudio.htm, acesso em 25 de maio de 2012.


Autores:
Carla Mariane Martins
Amanda Christina Macedo Silva
Wilgner Fernandes Borges do Carmo

Aborto


Aborto é uma interrupção da gravidez pela morte do embrião ou feto. E grande a quantidade de mulheres que morrem em conseqüência de abortos realizados por pessoas sem qualificação especifica. Os abortos podem espontâneos de ocorrência natural, independente da vontade da mãe ou interferências externas, sendo involuntários, não entra no âmbito da lei moral ou intencionalmente de forma desejada onde ocorre na maioria dos casos.
Alguns tipos de abortos são pelo método, de envenenamento salino, sucção, dilatação, pílula RU-486  e etc.
Mas alguns abortos deixam de ser criminosos quando pode ocorrer a morte da mãe ou quando e violentada e abusada sexualmente. Mas para isso não ser criminoso devera entrar com um processo na justiça e ganhar a causa.
A pratica do aborto como método contraceptivo tem sido motivo de muitas discuções, como no meio político, social e principalmente religioso.
O Aborto para algumas pessoas é errado a prática do aborto, e uma pratica que acaba com a vida de um ser humano que nem nasceu, para alguns pais que preferem abortar, mais no meu modo de pensar e errado sim se eles não queriam um filho não precisava abortar, apenas ter tomado preucalssões antes de chegar a esse ponto; Tantas pessoas que queriam ter um filho mais não podem e outras que podem ter mais abortam.
Será que o Aborto e um Crime ou será que e um direito?


Referencia bibliográfica
TORTORA, Jerald. Corpo Humano. 6 ed. Porto Alegre:Art. Med.,2006.
FRANCISQUINI, PE. David. Catecismo Contra o Aborto. .2ed. Rio de Janeiro:Artpress,2009


Autores
Célia Modesto Lourenço
Fernanda Gabrielle Maximo Oliveira
Reicella Diniz Rocha

Mal


            O que consideramos mal é somente a ignorância de nossa consciência do bem que em nós existe potencialmente, na medida em que amadurecemos e realizamos cada porção de bem dentro de nós, essa noção de mal deixa de fazer sentido. A vida, com certeza não é apenas um alegre passear pelo bosque numa manhã de primavera. Também não é um mar de rosas, sem problemas e sofrimento.

            Por causa dessa maldade humana , não é possível eliminar a força de repressão do Estado.Um Estado que pretende a paz e o progresso,mas não tem forças para garanti-los contra ataques de dentro e de fora do país,não pode alcançar os seus objetivos.Paulo já sabe da necessidade do poder para o Estado quando afirma:¨Se fizeres o mal,teme;porque não é motivo que  traz a espada; pois é ministro de Deus,vingador,para castigar o que pratica o mal¨. Essa espada hoje pode até ser uma arma de defesa atômica,quando a conjuntura da maldade no mundo o exige.
            A ética não tem condições para exigir um certo tipo de arma.
Todas elas destroem terrivelmente. A ética julga os motivos e os resultados.Se a motivação é a defesa e o resultado é a paz,uma que provoque uma ou muitas mortes.Se o governo é ¨ministro de Deus¨, afirma ,é preciso lembrar que cada morte é uma antecipação do Julgamento Final de Deus sobre a maldade humana.


BIBLIOGRAFIA
ALTHAUS, Paul. The Ethics of Martin Luther. Robert C. Shultz, trad. Philadelphia: Fortress Press,c.1972
LOLAS,Fernando.Bioética:o que é,como se faz.São Paulo:Edições Loyola,2001.
COLASANTI,Marina.E por falar em Amor.Rio de Janeiro:Editora Rocco,1985.


Autores:
BRUNO FELIX DE SOUZA
JÉSSICA BORGES ALMEIDA
HUMBERTO OLIVEIRA CANDIDO DA COSTA