terça-feira, 5 de junho de 2012

Drogas


A adolescência é a fase em que os horizontes do universo infantil se expandem para além do contexto familiar, para abarcar todo o contexto social. E o jovem é especialmente sensível às questões de justiça social, ávido por bandeiras e causas a defender. E, nesse sentido, a questão das drogas envolve muitas contradições. Pois entre o nariz que aspira cocaína e a carreira de pó, por exemplo, esconde-se aquilo que ninguém quer ver, que os jovens e idealistas usuários insistem em fingir que não existe ou em acreditar que não tem nada a ver com sua liberdade de usar drogas. Fala-sedas crueldades que quem compra um grama de pó está ajudando a sustentar,  do submundo que vive da droga, que depende desse comércio e é sustentado por ele: os cartéis e assassinatos, os campos de pouso clandestinos e as queimadas das florestas. Fala-se de violência, de destruição, de miséria - de males contra os quais lutamos, levantamos bandeiras, fazemos passeatas e fundamos partidos políticos.
Tanto nas classes econômicas mais abastadas, como nas menos favorecidas, o toxico tem a sua hora e sua vez.Essa questão de desnível econômico, nada mais é do que tese de maconheiro, ou utopia de pseudos filósofos do nosso século.
Para os mais abastados, surgem causas (para justificarem seus atos), tais como: o parasitismo, a ociosidade, a falta de estímulos, etc., daqueles que materialmente são bem sucedidos.
Para os menos abastados, a revolta, a miséria, a desnutrição, a falta de moradia, etc., são outras formas encontradas pelos “filósofos” para justificarem a toxicomania e cria-se um circulo vicioso e não se encontra justificativa certa.
Na fonte primordial de onde brotam os impulsos, não existe ainda o bem e o mal. O que move uma pessoa em direção à droga está relacionado com o mesmo que impulsionou tantos em direção aos mares bravios, às aventuras espaciais. Esse movimento de expansão, que nos empurra às grandes descobertas, afrontando o desafio do desconhecido, é parte do arsenal que nos fez humano - reflexo do desejo de conhecer sempre mais, da ousadia de romper limites.
Para exercitar uma escolha livre, é preciso conhecer a própria necessidade, conhecer as opções possíveis, e conhecer as decorrências de cada uma das possibilidades de ação. Se o impulso que leva um indivíduo a experimentar uma substância psicoativa é o desejo de romper as barreiras da realidade cotidiana, o resultado dessa experiência pode ser a criação de barreiras ainda mais limitantes, que estreitarão cada dia mais seu campo de interesse.
Este é o drama central da educação (em casa ou na escola): temos de nos basear na experiência de ontem, para educar hoje aqueles que vão enfrentar o mundo amanhã. Cabe à escola ajudar a criança a formar seu próprio código de ética, baseado na tolerância e na generosidade. Esta é à base da formação de um cidadão ético, único caminho para se chegar a uma sociedade mais justa e igualitária.

Bibliografia:
Silva, Edevaldo Alves da. Tóxicos/Edevaldo Alves da Silva – São Paulo: Bushjtsky, 1979.

Autores:
Alcides Reis Silva Junior
AndrielyMarquete Dias
Jessica Borges Pereira.

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