A epistemologia, também chamada teoria do
conhecimento, é o ramo da filosofia interessado na investigação da natureza,
fontes e validade do conhecimento. O termo vem do grego episteme: ciência, e
logos: teoria. Disciplina que toma as ciências como objetivo de investigação
tentando reagrupar: a crítica do conhecimento científico, exame dos princípios,
das hipóteses e das conclusões das ciências, tentando em vista determinar seu
alcance e seu objetivo; a filosofia das ciências, empirismo, racionalismo, etc.
A historia das ciências. O simples fato de hesitarmos, hoje, entre duas
denominações(epistemologia e filosofia das ciências) já é sintomático.
Segundo os países e os usos, o conceito de
“epistemologia’’serve para designar, seja uma teoria geral do conhecimento (de
natureza filosófica), seja estudos mais restritos concernentes a gênese e a
estruturação das ciências.
No pensamento anglo-saxônico, epistemologia é
sinônimo de teoria do conhecimento, sendo mais conhecida pelo nome de
“philosophy of science”. E neste sentido que se fala de epistemologia a
propósito dos trabalhos de Piiaget versando sobre os processos de aquisição dos
conhecimentos na criança. O fato é que um tratado de epistemologia pode receber
títulos tão diversos como: A lógica pesquisa cientifica”.
Na direção de responder a
o que é o conhecimento, a definição padrão, preliminarmente, é a de que é a
crença verdadeira
justificada. Esta definição parece plausível porque, ao menos, ele dá a
impressão de que para conhecer algo alguém deve acreditar nele, que a crença
deve ser verdadeira, e que a razão de alguém para acreditar deve ser
satisfatória à luz de algum critério - pois alguém não poderia dizer conhecer
algo se sua razão para acreditar fosse arbitrária ou aleatória. Assim, cada uma
das três partes da definição parece expressar uma condição necessária para o
conhecimento, e a reivindicação é a de que, tomadas em conjunto, elas são
suficientes.
Há, contudo, dificuldades
sérias com essa idéia, particularmente sobre a natureza da justificação
requerida para a crença verdadeira equivaler a conhecimento. Propostas
competidoras tem sido oferecidas para acolher as dificuldades, ou para
acrescentar mais condições ou para achar um enunciado melhor para a definição
posta. A primeira parte da discussão que se segue considera essas propostas.
Paralelamente a esse
debate sobre como definir o conhecimento há um outro sobre como o conhecimento
é adquirido. Na história da epistemologia tivemos duas principais escolas de
pensamento sobre o que constitui o meio mais importante para conhecê-lo. Uma é
a escola "racionalista", que mantém que a razão é responsável por
esse papel. A outra é a "empirista", que mantém que é a experiência,
principalmente o uso dos sentidos, ajudados, quando necessário, por
instrumentos, que é responsável por tal papel.
O paradigma de
conhecimento para os racionalistas é a matemática e a lógica, onde verdades
necessárias são obtidas por intuição e inferência racionais. Questões sobre a
natureza da razão, a justificação da inferência e a natureza da verdade,
especialmente da verdade necessária, pressionam para serem respondidas.
O paradigma dos empiristas
é a ciência natural, onde observações e experimentos são cruciais para a
investigação. A história da ciência na era moderna dá sustentação à causa do
empirismo; mas precisamente para esta razão, questões filosóficas sobre
percepção, observação, evidência e experimento tem adquirido grande
importância.
Mas para ambas as tradições
em epistemologia o interesse central é se podemos confiar nas rotas que elas
respectivamente denominam. Os argumentos céticos sugerem que não podemos
simplesmente assumi-las como confiáveis; certamente, elas sugerem que trabalho
é necessário para mostrar que elas são confiáveis. O esforço para responder ao
ceticismo, portanto, fornece um modo distinto de entender o que é crucial em
epistemologia
Há outros debates em
epistemologia sobre, entre outras coisas, memória, julgamento, introspecção,
raciocínio, distinção "a priori-
a posteriori", método científico e diferenças metodológicas,
diferenças metodológicas, se há, entre ciências da natureza e ciências sociais;
as questões consideradas aqui são básicas para todos esses debates.
Considerando a Epistemologia como abrangência filosófica que
estuda o conhecimento das ciências em si, ela analisa de forma crítica todas as
ciências e como elas se relacionam. O conhecimento científico é suscetível a
descobertas de novas ferramentas ou instrumentos que aprimoram o campo da sua
observação e manipulação. Assim, surgem questionamentos acerca do próprio
conhecimento. Questionamentos que, por sua vez, dão origem a novas correntes
científicas, tais como o Ceticismo, Racionalismo, Empirismo, Falibilismo e
Ética.
Esta última, diz respeito a uma área da filosofia que analisa e
busca orientar o comportamento humano para promover uma sociedade sempre
melhor. Estuda os valores morais sociais. Onde Moral, são termos mentais que
regem o comportamento e atribuição de valores dos seres humanos. Depende de
culturas e épocas. A Deontologia: códigos formais, geralmente leis escritas,
que regem a conduta ética. Como exemplo,
os Dez Mandamentos, do Monte Sinai, de Moisés.
Diferentes correntes filosóficas trataram da ética, sempre com
base na racionalidade, liberdade e a responsabilidade, essa tripé maravilhoso
que assegura que as palavras e ações de um indivíduo sejam aceitas como válidas
por todos os membros da sociedade na qual está inserido. O entendimento do que
é ética é mutável, como podemos notar; lá na Grécia, século V a.C., para
Sócrates, ser ético era saber o que se faz. Conhecer causas e fins de suas
próprias ações. No século seguinte vem Aristóteles, todo maroto, desvinculando
o raciocínio mítico-religioso do pensamento racionalista. A razão seria, então,
o maior valor humano; o ser humano agiria de acordo com suas virtudes,
experiências adquiridas ao longo da vida. A realização dessas virtudes é a
felicidade, que tem um fim em si, não interessando atingir outros objetivos por
meio dela. A ética ajudaria a organizar a vida em sociedade. A vida moral,
realmente humana, se dá
sempre em sociedade.
Bibliografia
Japiassu,
Hilton. Questões epistemológicas / Hilton Japiassu. – Rio de Janeiro: Imago,
1981.
Autores
Carlos Antônio Marques
Márcio Bruno Carvalho
Thiago Oliveira de Souza
Rodrigo Rodrigues da Cunha
Gouvea.
Nenhum comentário:
Postar um comentário