quinta-feira, 7 de junho de 2012

Epistemologia


epistemologia, também chamada teoria do conhecimento, é o ramo da filosofia interessado na investigação da natureza, fontes e validade do conhecimento. O termo vem do grego episteme: ciência, e logos: teoria. Disciplina que toma as ciências como objetivo de investigação tentando reagrupar: a crítica do conhecimento científico, exame dos princípios, das hipóteses e das conclusões das ciências, tentando em vista determinar seu alcance e seu objetivo; a filosofia das ciências, empirismo, racionalismo, etc. A historia das ciências. O simples fato de hesitarmos, hoje, entre duas denominações(epistemologia e filosofia das ciências) já é sintomático.
Segundo os países e os usos, o conceito de “epistemologia’’serve para designar, seja uma teoria geral do conhecimento (de natureza filosófica), seja estudos mais restritos concernentes a gênese e a estruturação das ciências.
No pensamento anglo-saxônico, epistemologia é sinônimo de teoria do conhecimento, sendo mais conhecida pelo nome de “philosophy of science”. E neste sentido que se fala de epistemologia a propósito dos trabalhos de Piiaget versando sobre os processos de aquisição dos conhecimentos na criança. O fato é que um tratado de epistemologia pode receber títulos tão diversos como: A lógica pesquisa cientifica”. 
Na direção de responder a o que é o conhecimento, a definição padrão, preliminarmente, é a de que é a crença verdadeira justificada. Esta definição parece plausível porque, ao menos, ele dá a impressão de que para conhecer algo alguém deve acreditar nele, que a crença deve ser verdadeira, e que a razão de alguém para acreditar deve ser satisfatória à luz de algum critério - pois alguém não poderia dizer conhecer algo se sua razão para acreditar fosse arbitrária ou aleatória. Assim, cada uma das três partes da definição parece expressar uma condição necessária para o conhecimento, e a reivindicação é a de que, tomadas em conjunto, elas são suficientes.
Há, contudo, dificuldades sérias com essa idéia, particularmente sobre a natureza da justificação requerida para a crença verdadeira equivaler a conhecimento. Propostas competidoras tem sido oferecidas para acolher as dificuldades, ou para acrescentar mais condições ou para achar um enunciado melhor para a definição posta. A primeira parte da discussão que se segue considera essas propostas.
Paralelamente a esse debate sobre como definir o conhecimento há um outro sobre como o conhecimento é adquirido. Na história da epistemologia tivemos duas principais escolas de pensamento sobre o que constitui o meio mais importante para conhecê-lo. Uma é a escola "racionalista", que mantém que a razão é responsável por esse papel. A outra é a "empirista", que mantém que é a experiência, principalmente o uso dos sentidos, ajudados, quando necessário, por instrumentos, que é responsável por tal papel.
O paradigma de conhecimento para os racionalistas é a matemática e a lógica, onde verdades necessárias são obtidas por intuição e inferência racionais. Questões sobre a natureza da razão, a justificação da inferência e a natureza da verdade, especialmente da verdade necessária, pressionam para serem respondidas.
O paradigma dos empiristas é a ciência natural, onde observações e experimentos são cruciais para a investigação. A história da ciência na era moderna dá sustentação à causa do empirismo; mas precisamente para esta razão, questões filosóficas sobre percepção, observação, evidência e experimento tem adquirido grande importância.
Mas para ambas as tradições em epistemologia o interesse central é se podemos confiar nas rotas que elas respectivamente denominam. Os argumentos céticos sugerem que não podemos simplesmente assumi-las como confiáveis; certamente, elas sugerem que trabalho é necessário para mostrar que elas são confiáveis. O esforço para responder ao ceticismo, portanto, fornece um modo distinto de entender o que é crucial em epistemologia
Há outros debates em epistemologia sobre, entre outras coisas, memória, julgamento, introspecção, raciocínio, distinção "a priori- a posteriori", método científico e diferenças metodológicas, diferenças metodológicas, se há, entre ciências da natureza e ciências sociais; as questões consideradas aqui são básicas para todos esses debates.
Considerando a Epistemologia como abrangência filosófica que estuda o conhecimento das ciências em si, ela analisa de forma crítica todas as ciências e como elas se relacionam. O conhecimento científico é suscetível a descobertas de novas ferramentas ou instrumentos que aprimoram o campo da sua observação e manipulação. Assim, surgem questionamentos acerca do próprio conhecimento. Questionamentos que, por sua vez, dão origem a novas correntes científicas, tais como o Ceticismo, Racionalismo, Empirismo, Falibilismo e Ética.
Esta última, diz respeito a uma área da filosofia que analisa e busca orientar o comportamento humano para promover uma sociedade sempre melhor. Estuda os valores morais sociais. Onde Moral, são termos mentais que regem o comportamento e atribuição de valores dos seres humanos. Depende de culturas e épocas. A Deontologia: códigos formais, geralmente leis escritas, que regem a conduta ética. Como exemplo,  os Dez Mandamentos, do Monte Sinai, de Moisés.
Diferentes correntes filosóficas trataram da ética, sempre com base na racionalidade, liberdade e a responsabilidade, essa tripé maravilhoso que assegura que as palavras e ações de um indivíduo sejam aceitas como válidas por todos os membros da sociedade na qual está inserido. O entendimento do que é ética é mutável, como podemos notar; lá na Grécia, século V a.C., para Sócrates, ser ético era saber o que se faz. Conhecer causas e fins de suas próprias ações. No século seguinte vem Aristóteles, todo maroto, desvinculando o raciocínio mítico-religioso do pensamento racionalista. A razão seria, então, o maior valor humano; o ser humano agiria de acordo com suas virtudes, experiências adquiridas ao longo da vida. A realização dessas virtudes é a felicidade, que tem um fim em si, não interessando atingir outros objetivos por meio dela. A ética ajudaria a organizar a vida em sociedade. A vida moral, realmente humana, se dá sempre em sociedade.


Bibliografia
Japiassu, Hilton. Questões epistemológicas / Hilton Japiassu. – Rio de Janeiro: Imago, 1981.

Autores
Carlos Antônio Marques
Márcio Bruno Carvalho
Thiago Oliveira de Souza
Rodrigo Rodrigues da Cunha Gouvea.

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