No
campo religioso, o problema assume proporções ainda maiores, pois somos
inclinados a pensar que tanto o movimento religioso como seus seguidores são
perfeitos e não se desviam nunca de sua pregação. Não raro, para indicar nossa
indignação, usamos expressões como “isso é uma imoralidade” ou, ainda, “isso é
antiético”.
A
moral se relaciona às ações, isto é, à conduta real. A ética diz respeito aos
princípios ou juízos que originam essas ações. Nessa dimensão, a ética e a
moral são como teoria e a prática. A partir dessa constatação, é possível
afirmar que a ética é a teoria ou filosofia moral.
Todo
ser humano tem uma moral em razão de que pratica ações que podem ser eticamente
examinadas. Contudo, nem todos levam em conta quais são os princípios éticos
que determinam suas ações. Por isso, é fundamental avançar na compreensão da
ética.
A
consciência psicológica e a consciência moral estão relacionadas. Na realidade,
se o problema moral se estabelece para o homem é porque, inicialmente, ele tem
consciência psicológica. Se todos os seus atos fossem desencadeados pela
pressão dos instintos ou dos hábitos, se o homem não tivesse consciência do que
faz não existiria o problema moral. A consciência moral, portanto, pressupõe a
consciência psicológica.
Para
decidir, escolher, enfim para exercer sua liberdade, o homem precisa estar
consciente. Não há, pois, liberdade sem consciência. Enquanto a consciência
psicológica possibilita ao homem escolher, a consciência moral, com seus
valores, normas e prescrições, orienta a escolha.
Os
três componentes fundamentais da vida moral são: Consciência, liberdade e
responsabilidade. Tais pessoas agem sob uma coação interna (tendências
patológica, doentias) da pessoa e a exime da respectiva responsabilidade moral.
A coação externa também pode anular a vontade da pessoa, eximindo-a de
responsabilidade. Em certas situações, a coação é tão forte, acarretando riscos
para a própria vida, que não resta margem para decidir e agir de acordo com a
vontade própria, pois a resistência física e espiritual tem um limite, além do
qual o sujeito perde o domínio sobre si mesmo.
Cada
um de nós tem consciência imediata e direta de ser livre – de poder dominar
todas as leis da natureza, pelo menos por alguns momentos. Com esta consciência
está conexa outra propriedade do homem: ele é capaz de reflexão. Não só está
voltado para o mundo exterior – como parece o caso dos outros animais -, mas
pode pensar também em si mesmo, pode preocupar-se com seu próprio eu, pode
perguntar pelo sentido da própria vida. Parece ser também o único animal que
tem consciência clara do fato de um dia precisar morrer.
Quando
se consideram essas peculiaridades do homem, não se pode estranhar que o
fundador de nossa filosofia ocidental, Platão, tenha chegado à conclusão de que
o homem é algo inteiramente distinto de todo o resto da natureza.
Para os ensinamentos católicos,
a omissão é uma falha em fazer algo que poderia e deveria ser feito, sendo
considerado pecado se a pessoa sabe de seu poder e dever de agir.
A gravidade do pecado omissivo, da
mesma forma que dos pecados comissivos (por ação), varia de acordo com a
magnitude do preceito violado e o grau da culpa.
Considera-se ainda pecado omissivo, se
a incapacidade da pessoa para agir decorre de uma ação própria dela, como no
caso de perda de consciência por consumo de drogas que impeça o cumprimento de
um dever.
São Paulo refere-se diretamente a este pecado
quando diz: "Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não
quero." (Rm 7:19 - Trad. Pe. Antônio Pereira de Figueiredo, aprovada por
S.Em.a D. Jaime Card. de Barros Câmara)
Bibliografia
CORDI, Cassiano...
[et al].Para filosofar. – São Paulo:
Scipione, 2000. 4ª Edição.
FLOR, Douglas Moacir ... [et al.] – Canoas: Ed. ULBRA, 2008.272 p.: il.
Autores
Arthur
Henrique Wilson Silva
Romão
Soares da Costa Neto
Vedrana
Batista da Silva
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