Valores são criações humanas e não
entidades abstratas universais, válidas em qualquer tempo e lugar. E que a
ética pode ser compreendida como uma estética de si, isto é, como atividade de
construir nossas próprias vidas como um artista pinta seu quadro. Isso
significa que construímos nossos próprios valores colocando nós mesmos como
valor fundamental.
O fato de afirmamos que devemos cada
um de nós, construirmos a própria vida, não deve ser entendido, porém, como um apelo
ao individualismo. A afirmação da individualidade, da singularidade de cada
pessoa, que deve ser respeitada em suas opções e ações, não significa que cada
um deve ser isolado aos demais. A singularidade e a criatividade podem e devem
ser preservado em meio à coletividade. Mas o individuo pode ser solidário com
seus semelhantes.
Compreender a ética como uma estética
da existência não deve ser visto como uma atitude solidária, particular, mas
sim como um empreendimento coletivo, solidário: buscar o meu prazer, minha
realização, mas também o prazer e a realização do outro.
Depende das nossas escolhas e de
nossas ações o que faremos de nossas vidas e do mundo em que vivemos. Se
vivermos como marginais da política, não assumindo nossas responsabilidades
pelas decisões de cunho mais amplo, acabaremos por viver um mundo que não
queremos e uma vida que não escolhemos. Mas, se resolvermos agir como sujeito
de nossa vida e de nosso mundo pode pintar os quadros que nossa criatividade
permitir.
Ao assumir posturas éticas, o indivíduo
tenta entender seu papel como trabalhador e como cidadão de uma região, de um
país e ao planeta.
No fundo aquilo que estamos chamando
de singularidade é condição básica para a cidadania, e vice-versa. Só podemos ser
indivíduos singulares, senhores de nós mesmos, numa sociedade aberta, em que a
cidadania exista de fato como participação de todos, assim como só pode haver efetiva
cidadania se os indivíduos são livres singulares e participativos na
comunidade.
BIBLIOGRAFIA
GALLO,
Silvio. Ética e cidadania: caminhos
da filosofia: elementos para o ensino da filosofia. 11 ed. Campinas, SP.
Papirus, 2003.
GARDNER,
Howard. Cinco mentes para o futuro. Trad.
Roberto Cataldo Costa. Porto Alegre: Artemed, 2007.
AUTORES
Bruna
Giseli Costa
Priscila
Tavares de Almeida
Thalyne Marques da Costa
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