As
ciências sociais abordam fatos e instituições que são construções humanas,
produzidas e reproduzidas em referência a certos fins e a certos ideais:
analisam a cultura. Assim a determinação das perspectivas analíticas a
privilegiar e a definição dos aspectos teóricos tem forçosamente de radicar
neste tipo de atribuição de significados.Weber desmarca claramente essa
posições, persistindo em procurar as bases lógicas da objetividade respeitando os limites imposto pelo elementos
subjetivos implicados na relação a valores.
O
conhecimento enquanto produção de juízo de fatos referentes a pessoas, coisas
ou situações, submete-se a regras, as mais importantes das quais se obrigam. Os
valorem não deixam prender nas regras da racionalidade formal, a determinação dos
fins e dos ideais de referência tem muito de a-racional ou irracional; as
alternativas de nível axiológico não são possíveis de integral resolução por
cálculo de riscos, proveitos e meios. O contraste de Durkhein e Weber torna-se
revelador, enquanto o primeiro tendia a insistir o caráter homogêneo dos
valores das normas da sociedade, identificando-as consciência coletiva desta, o
segundo, por seu lado, acentua o antagonismo de valores, as contradições
insolúveis na ordem dos fins e dos ideais.
SILVA,
Augusto Santos. Entre a Razão e o
Sentido, Durkheim, Weber e a Teoria das Ciências Sociais. São Paulo: 3ºed.
2001.
Autores:
Juliana Ribeiro Dias
Leandro F. Fernandes
Sâmia Fidelis
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