Definição Dicionário de (XIMENES, Sérgio) (1954, p.599) “Aquilo
que se opõe ao bem, à virtude, aquilo que é prejudicial ou nocivo”.
Então, à pergunta “O que é bem e o mal?”, respondemos
diferentemente, caso o fundamento da moral esteja na ordem cósmica, na vontade
de Deus ou em nenhuma ordem exterior à própria consciência humana. Podemos
perguntar ainda: Há uma hierarquia de valores? Se houver, o bem supremo é a
felicidade? É o prazer? É a utilidade?
Deus criou todas as coisas do nada; tudo o que existe é,
portanto, obra de Deus. Se o mal existe, seria oba de Deus? Porém, Deus sendo o
próprio bem, poderia criar o mal? Como o perfeito criaria o imperfeito? Qual é,
pois, a origem do mal? A criatura.
O mal é o pecado, isto é, a transgressão da lei divina
que o primeiro homem e a primeira mulher praticaram. Sua punição foi o
surgimento dos outros males: morte, doença, dor, fome, frio, ódio. Pelo mal, a
criatura afasta-se de Deus, perde a presença divina e a bondade original que
possuía.
O mal, portanto não é uma força positiva de mesma realidade
que o bem, mas é pura ausência do bem, pura privação do bem, negatividade,
fraqueza. Assim, como a treva não é algo positivo, mas simples ausência da luz,
assim também o mal é pura ausência do bem. Há um só Deus e o mal é estar longe
e privado dele, pois Ele é o bem e o único bem.
A responsabilidade cria um dever do comportamento moral, por ser consciente, livre e
responsável, é também obrigatório.
O compromisso humano é a obediência à decisão livremente
assumida. No entanto, o compromisso não exclui a desobediência, o que determina
justamente o caráter moral ou imoral do nosso ato: por sermos realmente livres,
temos a possibilidade de transgredir a norma, mesmo aquela que nós mesmos
escolhemos respeitar.
O delicado tecido da moral diz respeito ao individuo no
seu “foro íntimo’’, ao mesmo tempo que
vincula às pessoas com as quais convive. Embora ética e política não se confundam, elas
relacionam-se, cada uma no seu campo especifico. Por um lado, a política, ao
estender a justiça social a todos, permite que os indivíduos tenham condições
de melhor formação moral. Por outro, a vida moral é importante no exercício da
cidadania, para que os interesses egoístas não se sobreponham aos coletivos.
Estabelecer a dinâmica entre o privado e o público é
tarefa das mais difíceis e delicadas, que exige aprendizagem e criatividade.
Assim aprendemos a conviver.
Durante a Idade Média, a visão teocêntrica do mundo fez
com que os valores religiosos impregnassem as concepções éticas, de modo que os
critérios do bem e do mal se achavam vinculados à fé e dependiam da esperança
de vida após a morte.
Na perspectiva religiosa os valores são considerados
transcendentes, porque resulta de doação divina, o que determina a
identificação do homem moral com o homem
temente a Deus.
Ou seja, a vida moral começa quando nos tornamos capazes
de distinguir o bem do mal.
Bibliografia
ARANHA,
Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Introdução à Filosofia. 2ed. rev. atual. São Paulo: Moderna, 1993.
ARANHA,
Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à filosofia. 4. ed. rev. São Paulo:
Moderna, 2009.
CHAUI,
Marilena. Convite à Filosofia. 12ed.
São Paulo: Ática, 2002.
Autores
Arthur
Aquino Vilela
José
Otávio Júlio Oliveira Cardoso
Lucas
Vinícius Silva
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